sábado, 10 de março de 2012

BRABHAM BT52 e o mais poderoso motor da F1 de todos os tempos
Ao trabalhar com novos blocos dos motores M12 quatro cilindros turbinados, os engenheiros da BMW encontraram problemas com o amaciamento. Além disso, as arestas ainda não aparadas no interior do motor e a fragilidade do material recém-usinado simplesmente faziam ele não resistir às enormes potências, superiores aos 1000cv (a F1 vivia os bons tempos do turbo...) Resultado: QUEBRAVAM.
A solução, por incrível que pareça, foi encontrada na rua. Engenheiros da marca alemã, comandados por Paul Rosche, que tinha uma relação muito estreita com Nelson Piquet, considerando-o como um piloto de testes perfeito, resolveram testar antigos blocos com mais de 100.000 Km de uso, que por serem mais surrados, já haviam passado por todos os processos de fadiga e mudanças de temperatura possíveis. O motor escolhido foi o M10 2.0 litros do sedã 2002tii de 1969, que na versão original gerava até 120cv. Para aumentar seu giro (até 11.000RPM) e se enquadrar no regulamento da categoria para motores turboalimentados, a cilindrada foi reduzida para 1.500cm³ e seus componentes móveis internos foram substituídos por novos devidamente forjados e alguns reforçados por avançados processos de têmpera. Mas isso era só o começo. Resultados incríveis estavam por vir.
Com 6Kg de pressão exercídos pelo turbocompressor, a BMW chegou a gerar 1.500cv com um motor de capacidade volumétrica menor que a de uma garrafa pet de refrigerante. Esse é, até hoje, o carro mais potente da história da F1, que por sinal ajudou o piloto brasileiro Nelson Piquet a conquistar o título de 1983 da categoria pela equipe Brabham, que usava os motores “recondicionados” da fabricante alemã.
Fontes: 
Revista FullPower - Edição 103
http://www.research-racing.de/bmwturbo.htm







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